terça-feira, 25 de setembro de 2012

A podolatria e suas mil e uma faces - Introdução

Aurora, do pintor realista francês William-Adolphe Bouguereau, notoriamente podólatra
De acordo com o maior especialista que conheço em podolatria, existem 29 vertentes da adoração por pés. Gresópio, o personagem do meu amigo podólatra português, descreve os tipos tim tim por tim tim em um de seus blogs, o Vertentes Podólatras.
Os orientais já tinham fetiche pelos pés pequenos e por isso era comum que os pais enfaixassem os pés das meninas para que eles não crescessem e mantivessem a curvatura como um desenho.
Em outras culturas é comum encontrar desenhos, pinturas e menções à adoração por pés.
Só não vale confundir podólatra com pedófilo. O primeiro é o adorador de pés. O segundo é o criminoso que explora sexualmente crianças.
Tipos de fetiche
Como a podolatria é um fetiche muito amplo, dando vazão às fantasias dos mais diversos tipos de homens e com as mais inusitadas características e coadjuvantes, é importante não generalizar e sim tentar descrever as variações para que os adoradores de pés possam se encontrar neste vasto e belíssimo universo, nem sempre restrito aos pés femininos.
Dos 29 fetiches relacionados com pés e descritos vou falar de dois por postagem, começando por alguns dos mais populares:
FootJob – É o fetiche que relaciona diretamente a adoração pelos pés com o ato sexual. Nesta prática, a mulher ou o homem manipula o pênis com os pés até o clímax ou para promover grande excitação no parceiro. Para atingir o gozo, em alguns casos, é preciso muito treino porque o ritmo dos pés deve ser constante e rápido, simulando a masturbação. Em outros casos, a simples imagem dos pés manipulando o órgão sexual já provoca o orgasmo. Para que surta efeito desejado, ambos devem gostar muito do fetiche.
Crush – Neste fetiche residem curiosidades até engraçadas. Há pessoas que se deliciam em ver mulheres ou homens esmagarem frutas, doces, pães, alimentos em geral, até objetos de uso pessoal, como notebooks, celulares e dinheiro! Há aspectos patológicos, como aqueles que gostam de esmagar ou ver esmagados os animais de estimação. 
Para alguns, o prazer está apenas em ver o ‘esmagamento’. Para outros, o desejo só é completo se ele ou ela puderem comer o que foi esmagado. 
Há os que preferem o crush com sapatos que variam de chinelos a botas pesadas e há os que preferem com os pés nus. Em ambos os casos é comum que os amantes de crush queiram limpar os pés ou calçados sujos com alimentos esmagados usando a própria língua.
Continuando essa aventura podólatra, agora falaremos de outros fetiches não menos comuns, porém menos difundidos do que o crush e o footjob.
Worship – Este é o fetiche dos admiradores incondicionais de pés sem necessariamente ligar ao sexo ou à excitação. São pessoas que sentem prazer em olhar os pés assim como contemplam uma obra de arte ou escutam uma canção que gostem. Para os praticantes de worship, pouco importa se os pés têm chulé ou são capazes de apertar algo, seja o pênis ou outra parte do corpo. Neste fetiche, a beleza dos pés é o que faz a diferença. 
Para despertar a atenção de um praticante de worship, basta que os pés sejam harmônicos e de acordo com o gosto do fetichista. Normalmente a curvatura e o solado contam mais do que o formato dos dedos, assim como pés bem tratados ganham destaque.

Zoofilia feet – Trata-se de pessoas que gostam de ter seus pés lambidos por animais de estimação ou não. Também fazem parte deste fetiche os que gostam de admirar pessoas tendo seus pés lambidos ou acariciados pelos animais. Não faz parte deste fetiche as pessoas que gostam de esmagar animais com os pés. Este constitui crime na maior parte dos países e dentro das parafilias está enquadrado dentro do crush, conforme descrito no post anterior
A zoofilia feet, apesar de ainda ser encarada com estranhamento, é um fetiche normal, já que os próprios animais lambem e acariciam os próprios pés e o dos donos com naturalidade. Não está intimamente ligada ao sexo e sim à sensação de carinho e uma leve cócega.

Ballbusting – Frequentemente confundido com CBT (cock and balls torture), este fetiche trata da tortura do pênis e escroto pelos pés. Para alguns praticantes o objetivo nem é torturar e sim tocar os genitais masculinos por meio de chutes leves ou carinhos. Para outros, o prazer vem da tortura e chutes intensos sobretudo no pênis feito por pés nus ou calçados.
Alguns praticantes dizem que, se feito corretamente, não provoca dor tão intensa e o prazer é grande. Há dommes e doms especializados em ballbusting ou CBT que afirmam que há pontos corretos para chutar tanto o pênis quanto o escroto que não prejudicam a fisiologia dos órgãos. Infelizmente não encontrei nenhuma descrição destes pontos nem mesmo figuras que pudessem ilustrar. Então vale conversar com quem entende do assunto antes de sair chutando os genitais de um homem.

Bastinado – Neste fetiche, também conhecido como falanga ou falaka, o objetivo é a tortura dos pés por meio de pancadas que podem ser dadas com hastes, chicotes, varas, canes, talas ou chibatas, até mesmo com as mãos.
Vale lembrar que os pés são delicados, possuindo muitas terminações nervosas e ossos frágeis. Então, por mais que o praticante do bastinado – tanto quem bate quanto quem apanha – sinta imenso prazer, é importante atentar para algumas medidas de segurança. As feridas que surgem com o bastinado severo são grandes e difíceis de curar, até pela própria constituição dos pés e por ser complicado não abafa-los ou colocá-los em contato com o chão.
Sabe-se que o bastinado foi amplamente usado por exércitos do oriente médio e pelos gregos, e há rumores de que ainda seja utilizado como tortura por alguns grupos extremistas.
Bound Feet – Quem gosta de bondage – ou qualquer tipo de imobilização – geralmente dá uma atenção especial aos pés em algum momento de treino. Alguns preferem amarrar pés limpos e bem cuidados. Outros preferem pés sujos de forma que fiquem em evidência. O bound feet vem associado a (s) outro (s) fetiche e é bastante comum, apesar de raramente classificado.
Os povos antigos costumavam amarrar os pés das moças para mantê-los pequenos. Com o tempo, alguns castigos foram associados e não se sabe ao certo quando o fetiche nasceu. O certo é que se trata de um dos fetiches mais seguros porque não causa dor nem prejuízos à pele, nervos ou musculatura da região. A única precaução é manter as cordas de forma a não estrangular o local, evitando tendões, sempre tendo uma tesoura afiada sem ponta por perto em caso de emergência.
Continua no próximo post...

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